A desinformação e o preconceito ainda
são grandes paradigmas na luta contra o HIV e a Aids. A campanha Dezembro
Vermelho, que completa 30 anos no Brasil, tem como objetivo conscientizar
pessoas que vivem em situação de risco, pacientes que convivem com o vírus e
familiares. Nesta perspectiva, a Prefeitura de Caucaia, por meio da Secretária
Municipal de Saúde, realizou nos dias 4 e 5, na sede do Serviço de Atendimento
Especial (SAE), programação para o público local com atendimentos, palestras,
serviços de beleza e sorteio de brindes.
A adesão ao tratamento e carga viral
indetectável foram assuntos da roda de conversa de hoje. Para a médica
infectologista do SAE Gabriela Silveira, o trabalho realizado pela SMS tem como
objetivo orientar cuidados durante o tratamento ao HIV, fazendo com que a carga
total do vírus de pacientes fique indetectável. “Significa dizer que esse vírus
não circula de modo importante no corpo e, com isso, na maioria dos casos, a
gente consiga restabelecer as defesas do corpo, que é a imunidade, aumentado o
CD4. Além disso, a carga viral indetectável possibilita que pacientes não
trasmitam o vírus do HIV”, explicou a especialista.
Cabeleireira e maquiadora, Dandara
Closer, de 37 anos, é soropositiva há mais de uma década. Ela lembra do medo
que sentia sempre que fazia testes. Havia o receio do preconceito que poderia
sofrer do próprio namorado, em São Paulo. “De repente, ele fez o exame e
constatou que tinha Aids. Tosse, ferimentos e o emagrecimento dele já davam indícios
que estava doente”, recorda.
Ao término do relacionamento, Dandara
voltou para Caucaia, onde mora e é acompanhada pelo SAE. “Procurei o órgão para
fazer o exame e rapidamente fui diagnosticada como soropositiva. Mesmo sabendo
que corria o risco ter sido contaminada, nunca imaginei que podia acontecer
comigo”, revelou a cabeleireira, que classifica como fundamental o apoio do SAE
para trabalhar alguns transtornos que sentiu e são comuns em pacientes recém
diagnosticados.
O administrador de empresas G. F., de
32 anos, descobriu-se soropositivo por volta dos 25 anos, após fazer exames
para doar sangue. “Quase não contava para os meus pais e minha namorada, que
atualmente é minha esposa”, relatou ele, também é paciente do SAE.
Assim como Dandara, o administrador
também vive com qualidade. “Resumidamente, o atendimento psicológico do órgão é
o acolhimento à PVHIV (Pessoa Vive com HIV recém diagnosticada ou transferida),
através da escuta efetiva, apoio emocional e aconselhamento, além de
sensibilizar o companheiro para realizar a TR HIV”, destaca a psicóloga do SAE,
Darcylene Filgueira.
SAIBA MAIS
O SAE Caucaia engaja há nove anos ações alusivas à campanha internacional de combate à Aids, incentivando a adesão ao tratamento para que todas as PVHI alcancem a carga viral indetectável e tenham mais qualidade de vida. De dezembro de 2017 até o presente momento, cresceu de 431 para 551 o número de prontuários atendidos pela SMS. A unidade registra 346 pacientes em adesão ao tratamento. Todas as segundas, terças e quartas-feiras o órgão disponibiliza atendimento aos pacientes com HVI.
O SAE Caucaia engaja há nove anos ações alusivas à campanha internacional de combate à Aids, incentivando a adesão ao tratamento para que todas as PVHI alcancem a carga viral indetectável e tenham mais qualidade de vida. De dezembro de 2017 até o presente momento, cresceu de 431 para 551 o número de prontuários atendidos pela SMS. A unidade registra 346 pacientes em adesão ao tratamento. Todas as segundas, terças e quartas-feiras o órgão disponibiliza atendimento aos pacientes com HVI.
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